5.26.2014

Eu sei fazer branding! Será?

Diariamente nos relacionamos com uma infinidade de marcas*. Se fizermos um simples exercício de anotar todas as marcas com as quais interagimos desde o despertar ficaríamos quase loucos. Mas de tantas marcas envolvidas em nosso dia a dia, qual realmente é relevante para você?

Relevantes serão aquelas que ao final de um dia você conseguirá lembrar. Nessa análise, obviamente, há uma grande diferença no que é relevante para homens e mulheres: com certeza uma mulher lembraria da marca de um detergente líquido e um homem, por mais que ele tenha usado o produto, terá mais facilidade em lembrar da marca de seu violão ou de sua cerveja. Além desse aspecto, que faz a diferença na hora da fixação da marca, o que faz ela ser realmente importante para o consumidor?


É aí que entra a gestão de marcas. Com certeza você já deve ter lido ou ouvido falar em branding, certo?! Então, branding “nada mais é” do que o processo de análise e gestão de marcas e quando ele é eficiente a marca se aloca na cabeça de seu querido usuário. Essa nomenclatura se alastrou no mercado tornando-se… eu poderia dizer… “uma modinha”, ou seja, muita gente fala e na verdade não sabe o que é. Muitos acreditam que fazendo um logotipo estão fazendo branding, e acabam vendendo essa ideia para o mais leigos ainda. Logotipo é fundamental, mas é apenas uma parte do processo.

Branding não é uma alternativa isolada e está intimamente ligada às práticas de marketing. É um conjunto de todas as alternativas aliadas a todas as estratégias que envolvem uma marca. Ou seja, apenas um logo ou um logo + slogan ou um logo + slogan + posicionamento não serão suficientes para resolver essa equação.

Além disso, é um processo contínuo, não tem prazo, enquanto a marca existir ele permanece. Ele é planejado e deve ser trabalhado diariamente, analisando todos os processos envolvidos: a qualidade dos serviços prestados, os produtos oferecidos, o suporte pré e pós-venda, a comunicação, a publicidade, o preço, a praça e por aí vai. Como você pode ver não é um processo fácil e deve ser encarado com bastante rigidez. Funciona como uma corrente, para que ela seja forte nenhum dos elos podem ser fragilizados ou a força da marca estará ameaçada.

Uma boa dica para o início do branding é que "uma marca é formada de dentro para fora”. Primeiro faça com que seus colaboradores a conheça e entendam que ela é boa o suficiente para eles a passarem adiante. Assim todos remarão para o mesmo objetivo.

Eu poderia citar uma colossal lista de marcas que têm atualmente uma boa gestão. Mas não é preciso, fazendo o exercício que eu citei no começo do texto você consegue identificar várias. Vou indicar alguns bons livros que auxiliam no aprendizado e aplicação do branding.

Marcas – Brand Equity, Gerenciando o valor da marca
David A. Aaker, 1998

Branding – A arte de construir marcas
Marcos Hiller, 2012

O que é branding?
Matthew Healley, 2008

Sem Logo: a tirania das marcas em um planeta vendido
Naomi Klein, 2002

O significado da marca: como as marcas ganham vida na mente dos consumidores
Mark Batey, 2010

Brand Sense - os segredos por trás das coisas que compramos
Martin Lindstrom, 2011

E-books
Branding – Um manual para você criar, gerenciar e avaliar marcas
José Roberto Martins, 2006

Branding 101 – O guia básico para a gestão de marcas de produto
Fernando Jucá e Ricardo Jucá

Boa leitura! =)

*Marca pode ser de um produto, serviço ou empresa.

PAULO Matos Jr
Coordenador de criação na LB Comunica,
rato de academia e baladeiro de plantão

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