3.07.2018

Fake News: A “arte” de tornar uma mentira em verdade pela maioria



Você provavelmente já se deparou com um boato na internet, uma notícia estranha, que você duvidava muito que realmente fosse verdade. As notícias falsas, mais conhecidas como fake news, estão cada vez mais presentes na nossa rede e são utilizadas de todas as formas.

Nos Estados Unidos, na última eleição presidencial, conteúdo produzido por russos e espalhado por pessoas que não existiam chegou para quase 126 milhões de americanos.
Pessoas que não existem? Sim! São conhecidos como bots, robôs virtuais programados para disseminar um conteúdo mentiroso em redes sociais. Por exemplo, o robô pode ser programado no Twitter para cada vez que publicarem a hashtag #eusoubrasileiro, ele irá dar um retweet, multiplicando assim a informação.

Como estamos chegando em um período eleitoral, a tendência é que as fake news comecem a aumentar de forma visível. Elas não servem apenas para plantar uma mentira, mas sim para potencializar as fraquezas do seu oponente. Tudo é feito de forma estratégica, para atingir exatamente o que deve atingir e chegar em quem deve chegar.

O objetivo maior é que as pessoas passem a acreditar nas notícias. Com isso elas mesmas irão começar a replicar o conteúdo, tornando um fluxo natural da informação. Os bots são usados para alimentar essa rede.

Mas como a notícia nasce? Geralmente são usados locais chamados de bunkers, onde se forma praticamente uma agência digital secreta, com servidores hospedados fora do Brasil. O conteúdo mentiroso é produzido e publicado em lan-houses que não necessitam de identificação para acessar, deixando assim a ação sem rastros. Ai que entram os bots para replicar o conteúdo até que as próprias pessoas passem a acreditar naquele fato e disseminar a notícia por conta própria.

O Facebook é uma das redes utilizadas para esse processo, mas lá realmente é uma rede social, em que você aceita as pessoas com quem supostamente você tem algum tipo de conexão, então o trabalho dos robôs é mais complexo. O maior perigo fica no Twitter, que é a rede preferida dos robôs, pois não há a necessidade de aceitar a conexão, é um sistema de difusão de informações.

Pesquisadores das universidades do sul da Califórnia e de Indiana, nos EUA, estimam que existam entre 9 a 15% de bots no Twitter. Imagem só, a rede possui um total de 330 milhões de usuários, então, pelo menos 29 milhões podem ser fake!

Mas nós podemos combater este tipo de mecanismo apelativo. Desconfie quando o portal em que a notícia está publicada for desconhecido, pesquise em grandes portais antes de replicar o conteúdo. E se a notícia for estranha e estiver em um portal conhecido, entre nele e pesquise a mesma para saber se realmente está lá, pois muitos especialistas em fake news falsificam sites conhecidos para publicar as suas mentiras e tentar ganhar credibilidade.

O mais importante, nunca replique conteúdos que você não tem certeza se realmente exprimem a verdade. Não colabore com esse tipo de mercado, pois ele estará cada vez mais presente neste ano de 2018, principalmente mais perto de outubro.

JOÃO VICTOR Padovan
Redação e Assessoria de Imprensa na LB Comunica
Jornalista amante de esportes e de um bom churrasco com a família e amigos.

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